Tratamentos para o Alzheimer: Quais são as opções disponíveis?
Descubra os tratamentos disponíveis para o Alzheimer com o Dr. Paulo Camiz, médico geriatra e clínico geral, no episódio #11 do podcast Papo com Especialista. Neste trecho, discutimos os desafios no tratamento da doença, os medicamentos tradicionais que apenas retardam a progressão, e as novas terapias que removem a proteína beta-amiloide – responsável pelo gatilho do Alzheimer.
Apesar dos avanços recentes, os tratamentos ainda são caros, com efeitos colaterais e indicações limitadas ao estágio inicial da doença. Entenda também por que o futuro do combate ao Alzheimer pode estar na prevenção antes mesmo dos sintomas surgirem.
Conheça o trabalho do Dr. Paulo Camiz:
- Site: https://www.ogeriatra.com.br/
- Instagram: https://www.instagram.com/clinicacamiz/
- Agende sua consulta: (11) 98816-5712
O Alzheimer é uma das doenças neurológicas mais desafiadoras da atualidade. E embora os avanços científicos tenham sido lentos por muitos anos, recentemente surgiram novidades que reacenderam a esperança tanto de pacientes quanto de profissionais da saúde.
Para entender melhor o cenário atual dos tratamentos, ouvimos o Dr. Paulo Camiz, médico geriatra e clínico geral, no episódio #11 do podcast Papo com Especialista.
Uma doença que se antecipa aos sintomas
Segundo o Dr. Camiz, o Alzheimer é uma doença que começa muito antes dos primeiros sinais clínicos. Estudos mostram que alterações no cérebro, como o acúmulo da proteína beta-amiloide — uma das principais responsáveis pela progressão da doença —, podem surgir de 10 a 20 anos antes do início dos sintomas.
Isso significa que, quando o paciente começa a perceber perdas de memória, o processo já está em curso há muito tempo.
Tratamentos tradicionais: pequenos avanços, grandes limitações
Durante aproximadamente duas décadas, os recursos disponíveis para tratar o Alzheimer permaneceram os mesmos. A maioria dos medicamentos apenas retardava a progressão da doença — sem revertê-la.
Dr. Camiz explica que, entre os pacientes que fazem uso dessas medicações tradicionais (orais ou adesivos), cerca de 25% apresentam uma leve melhora inicial, 50% conseguem apenas retardar o avanço da doença, e os outros 25% não percebem qualquer efeito significativo. Ou seja, os tratamentos disponíveis até pouco tempo atrás deixavam muito a desejar.
As novas terapias: antiamiloides e altos custos
Nos últimos dois anos, houve uma virada importante. Surgiram os chamados tratamentos antiamiloides, que atuam diretamente na remoção da proteína beta-amiloide do cérebro. Trata-se de uma abordagem inovadora e promissora, que pode retardar ainda mais a progressão da doença.
No entanto, como ressalta o Dr. Camiz, essas novas terapias ainda enfrentam grandes desafios: o custo elevado (cerca de R$ 200 mil por ano) e a necessidade de aplicação em estágios muito iniciais da doença. Além disso, o tratamento não é isento de efeitos colaterais, e ainda não há precisão suficiente para saber em que momento da fase pré-sintomática ele deveria ser administrado.
O futuro está na prevenção?
Diante das limitações dos tratamentos atuais, os estudos começam a apontar para uma direção diferente: prevenir antes mesmo de tratar. A ideia é que, no futuro, o Alzheimer seja combatido antes do surgimento de sintomas — de forma semelhante a uma vacinação preventiva.
Contudo, como explica o Dr. Camiz, ainda é difícil identificar o momento certo dentro da longa janela assintomática da doença para intervir de forma eficaz. Por isso, apesar dos avanços, essa abordagem preventiva ainda está em desenvolvimento e não é uma realidade prática para a maioria dos pacientes.
Uma área em constante evolução
Embora ainda não exista cura para o Alzheimer, os tratamentos estão evoluindo — especialmente nos últimos anos. O conhecimento sobre a doença tem se aprofundado, e novas abordagens estão sendo testadas com o objetivo de oferecer mais qualidade de vida aos pacientes e seus familiares.
Enquanto a medicina caminha em direção a tratamentos mais eficazes, o papel do diagnóstico precoce, do acompanhamento médico regular e da informação continua sendo fundamental.
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